Page 128 - UNAM-GCUB2022

mento, das ciências básicas às humanidades, das ciências
médicas às sociais. O certo é que não se vislumbram carrei-
ras, nem tampouco soluções de problemas que não sejam
multidisciplinares. Por exemplo, se você tem especialistas em
contabilidade, direito, medicina ou design de moda, que en-
tendem como a tecnologia pode ajudá-los, tais profissionais
podem não estar escrevendo os programas, mas conduzirão
a solução de problemas. Existe uma janela de oportunidade
para indivíduos, empresas e governo entenderem e gerencia-
rem proativamente a transição para um novo futuro.
As Universidades assumem papel preponderante na
formação continuada e multidisciplinar, que são requisitos
fundamentais para o sucesso dos profissionais nesta nova
onda, a indústria 4.0, em um ambiente sustentável. Para as
universidades esta é a oportunidade de interações e cola-
borações cada vez mais efetivas e globais, fortalecendo-se
como um dos pilares desta revolução industrial (Tortorella &
Fettermann, 2017).
Podemos pensar na organização das universidades
do século XXI, como sendo delineadas com base nas mu-
danças e avanços tecnológicos e na Indústria 4.0. Um fato é
que a sistemática do trabalho industrial nos séculos passados
influenciou a organização curricular. Assim, a modernização
da forma trabalho atual, com sua flexibilidade e exigência de
multifuncionalidade, automação e conectividade, deverá ter
um forte impacto na reorganização dos currículos modernos
(Mainka et al., 2015).
A chamada Indústria 4.0 é considerada uma abran-
gente revolução industrial, na medida em que considera tanto
questões econômicas, quanto sociais e ambientais, reconhe-
cidas como prioridades na pesquisa de manufatura. A quarta
revolução industrial transformou o setor de produção indus-
trial levando à digitalização, à tomada de decisão inteligente e
à manufatura tecnológica descentralizada, podendo contribuir
significativamente para as metas de desenvolvimento susten-
tável, com impacto nos sistemas e processos de produção in-

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